quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Máquina de escrever





Quando entrei para o BNU (Maio de 1974 - Serviço de Câmbios - Rua Augusta - Sr. Aboim!) entregaram-me uma máquina de escrever que não encravava muito. Depois apareceram as electrónicas e a seguir os computadores, sem alavancas e que deixaram de ter o problema de encravar. Os computadores actualmente até já têm os teclados sem qualquer ligação por fio à máquina que escreve e à impressora. Os teclados mantiveram-se sempre os mesmos. Porquê?
Quando apareceram as primeiras máquinas de escrever, os engenheiros lutavam com uma dificuldade mecânica, pois as batidas rápidas faziam que as pequenas alavancas se encravassem facilmente. Até que em 1868, o inventor americano Christopher Sholes descobriu uma solução. Em vez de colocar umas ao lado das outras, colocou as letras que mais vezes surgem juntas na escrita do dia a dia, o mais longe possível umas das outras. Só assim, vindas de direcções diferentes, é que as alavancas não se encravavam no movimento em direcção ao papel. Sholes patenteou o seu "invento" e a fábrica de armamento Novaiorquina "Remington" passou a utilizá-la, tornando-se rapidamente no maior produtor de máquinas de escrever do mundo e impôs a sequência QWERTY em toda a parte. Na altura ninguém protestou contra a estranha lógica do teclado e quando posteriormente surgiram novas propostas já era demasiado tarde.
Os computadores de hoje já não têm nenhum dos problemas que levam ao QWERTY.
No entanto, o teclado proveniente dos primórdios das máquinas manteve-se e ninguém sabe porquê.
A conclusão é de que quem chega primeiro fica mais tempo no poleiro ou
candeia que vai à frente...

1 comentário:

  1. Ainda tenho blocos do BNU, desses que aparecem nas fotografias - a branco, azul e encarnado.
    E salvo erro, em casa do meu Pai ainda por lá sobrevivem daqueles castanho-mel com a caravela dentro de um círculo, o simbolo mais antigo.
    :)

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